chama o raul chama o ladrão chama que tudo se apaga
eles preferem vender essa metamorfose trambulhante
e raul sobe aos céus da mídia
doze pontos no ibope do fantástico
doze apóstolos de cristo doze meses no ano
o barulho acordou vovó na cadeira de rodas de balanço
ela abriu um olho reconheceu o roqueiro e sorriu meio lábio
chama o raul chama o ladrão chama que tudo se apaga
teu parceiro vende misticismo barato
nas esquinas do primeiro mundo
nós preferimos ser essa mediocridade faturante
nem com raul tocando a gente se toca
vamos vendendo sopa de mosca no hiper-mercado
somos tolos de ouro e al capone foi canonizado
junto com jimi joplin
o filho de proveta de miss janis e mr. hendrix
agora todo mundo é singular não existem mais plurais
maiakovsky mais um drinque
ainda é melhor morrer de vodka do que de tédio
hoje eu lembrei de você
e chamei o Raul e chamei o ladrão e chamei
que tudo se apagou
Alice Barreira
(Alice Barreira nasceu em Barura, no Amapá, em 1968. Trabalha como enfermeira, publicou por conta própria Pequena Enciclopédia de Inutilidades (contos, 1987) e vem colaborando com alguns sites como o coralsemvozes e o vivernavespera. Ainda em 2009 pretende lançar o livro de poemas Coisa Diacho Tralha.)
São os efeitos colaterais da modernidade. Quando abriram o rebouças o interland carioca invadiu a zona sul. Agora, com a internet, vem essa indiada ribeirinha neófita e mal-aculturada deitando falação sobre o que não sabe.
ResponderExcluirDe Barura (AP), com a boca cheia de beijú opinando sobre ... Raul Seixas !
Vai tirar leite do pau, pescar no igarapé dançar o quarup, deixa o Raul em paz, caramba!!!
Meu caro,
ResponderExcluirTransmitirei seu recado pra Alice.
Abraço
Cesar