domingo, 4 de julho de 2010

AVISO AOS NAUFRAGANTES

A LITERATURA BRASILEIRA VAI À ESCOLA

O que será que pensam sobre a Escola escritores tão díspares na obra e no tempo como o Padre Antonio Vieira, João Antonio, Machado de Assis, Olavo Bilac. Gregório de Matos e Luiz Vilela? O que terá em comum sobre o tema a família Veríssimo – o pai, Érico, e o filho, Luís Fernando? E mais: Castro Alves, Drummond, Oswald e Mário de Andrade, João Ubaldo, Aluísio Azevedo... E a lista segue, ela é grande na quantidade mas principalmente na qualidade. Trata-se do livro A Escola e a Letra, que a Editora Boitempo lançou. É um belo livro tanto pelos textos que reúne quanto por seu visual, e foi organizado pelo escritor e jornalista Flávio Aguiar e pelo geógrafo e escritor Og Dória e tem projeto gráfico do artista e professor Ricardo Othake. Vale a pena. E numa pesquisa rápida que eu fiz na internet está custando 39 reais. É de graça! É o melhor investimento do mercado, não tem Bolsa de valores do mundo que chegue aos pés. Vambora, cambada, vamos comprar logo de uma vez. Um pra ter em casa e outro pra dar de presente.

MASSAO OHNO,
QUE TRANSFORMAVA A POESIA EM REALIDADES DELICADAS

Poucas pessoas se interessam em ler poesia. Mas praticamente ninguém quer saber de editá-las. Pois foi o que fez durante quase a vida inteira Massao Ohno. Em livros com grande cuidado gráfico e visual, ele publicou dezenas de autores, como Roberto Piva, Hilda Hilst, Jorge Mautner, Orides Fontela, Claudio Willer, Olga Savary e tantos outros, com o selo Massao Ohno Editora. Em junho ele se foi. Beatriz Amaral, uma de suas editadas, declarou no site Germina: “Com a elegância de um mestre zen, Massao Ohno sempre iluminou a vida de nossos poemas, dando a eles edições plenas de beleza, geradas pelo olhar terno e incandescente de seu oceano estético. […] A partir dos anos 60, e durante cinco décadas, esse ourives livre criou e recriou a perfeição no espaço sempre aberto de seu ateliê, que, nos anos 1989, situava-se à Rua da Consolação, nº 3676. Dando a nossas obras o melhor de sua alma e de seu tempo: a competência de um artista gráfico de rara sensibilidade. Sua trajetória de editor é única, plúrima e plurissignificante na história da poesia brasileira. Pulsa luzes nas palavras. Encanta e reencanta, sempre, o melhor de nossas frases.”

(Sobre Massao Ohno: http://www.germinaliteratura.com.br/2010/especial_massaoohno_jun10.htm )

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