sexta-feira, 12 de agosto de 2011

PATAVININHA’S

– O PLAYGROUND DO PATAVINA’S –

DO ALTO DO MEU CHAPÉU

Do Alto do Meu Chapéu é um livro simplesmente fascinante. É um livro de poemas infantis muito bem escritos pela carioca Gláucia de Souza. Gláucia tem outros livros publicados, é doutora em Letras, trabalha como professora. Ou seja: mais do ramo, impossível. E realmente seus poemas em Do Alto do Meu Chapéu são gostosos de ler. Mas Gláucia é sobretudo corajosa. Pois sabem quem ilustra seu livro? O Hans. Qual Hans? O Hans Christian Andersen. É isso mesmo, não estou brincando não. O diabo do dinamarquês, além de escrever do jeito que escrevia, ainda fazia recortes em papel. Gláucia explica na apresentação do livro: “Como forma de entreter amigos grandes e pequenos, inclusive enquanto contava histórias, o escritor recortava e criava figuras ricas em detalhes: um mundo de fadas, duendes, pierrôs, aves, bailarinas, compondo um universo fantástico e simétrico. Ao final da história, desdobrava os papéis recortados para seus ouvintes atentos.” Pois é este mundo de fadas, duendes, pierrôs, etc que ilustram os textos de Gláucia. Não preciso dizer que são trabalhos de uma delicadeza e de uma beleza emocionantes. Tudo isso junto faz de Do Alto do Meu Chapéu uma pequena obra-prima que vale a pena conhecer, ter em casa pra reler e rever de vez em quando e dar de presente pra criançada.

(Do Alto do Meu Chapéu, poemas de Gláucia de Souza, com ilustrações de Hans Christian Andersen. Projeto Editora.)


DO ALTO DO MEU CHAPÉU

Do alto do meu chapéu,
vejo um moinho de ideias:
um castelo de bailarinas,
anjos de asas meninas
e um cisne jardineiro,
brotado ao pé do canteiro.

Do alto do meu chapéu,
me espanto com quase nada:
mil degraus em pouca escada,
um punhedo de rimas
e um poema quase inteiro,
nascido ao sol de janeiro.





















BORBOLETA

Borboleta, me traz um dia
de presente?
Pula e dança
na minha frente?
Faz nuvem torta
ter cara de gente?
Ou cara triste
ser contente?

Borboleta, sem nem mais,
me ensina:
a ter cara de menina?
a gritar que nem buzina?
a catar vento em esquina?

Mas se não der...
Borboleta, me faz...
Ah! Me faz ser...
... bailarina!


2 comentários:

  1. César,
    Eu também adoro este livro.
    Cristina Sá do blog:
    http://cristinasaliteraturainfantil
    ejuvenil.blogspot.com

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  2. Grande publicação, não é, Cristina? A autora enfrebtou um desafio enorme, de esrcrever para ilustrações de Andersen. E saiu-se muito bem.

    Abracadabraço do

    Cesar

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