Urubus em Círculos Cada Vez Mais Próximos.
Esse é o título do meu novo livro de contos. E quero
convidar você pro lançamento.
Vai ser no dia 18 de abril, terça feira, no Gabinete de
Leitura Guilherme Araújo.
O Gabinete fica na rua Redentor 157, em Ipanema. E o lançamento
vai das seis e meia até as dez da noite.
Ah, vai ter leitura de contos.
Urubus em Círculos Cada Vez Mais Próximos, um
lançamento da Editora Oito e meio.
A gente se encontra lá.
Enquanto isso, aí vai mais um conto do livro.
A COLHEITA
Quando entra o inverno é a
época de escolher as pedras. É importante que todas tenham tamanho e peso bem
semelhantes. Já o formato e as cores devem ser os mais diferentes possível.
Finda a seleção, é hora da
lavagem. Deixamos de molho por três dias, em água do rio recolhida em uma noite
de lua cheia. Em seguida espalhamos as pedras sobre os panos brancos. E depois
vamos escová-las, uma a uma, primeiro com uma escova bem pequena, que alcance
todas as reentrâncias, depois com um escovão, que lhes dê brilho e suavidade.
Então chega a hora mais
importante: o plantio. A terra tem que ser revolvida manualmente e em seguida
penteada, com pequenos ancinhos de madeira, que nós mesmos fazemos. Depois
preparamos as covas, que não podem nunca ser dispostas em linha reta, mas
formando curvas. Por fim trazemos as pedras nos panos brancos e plantamos uma a
uma, mais uma vez em noite de lua cheia.
A
primavera é a época da expectativa e das conjecturas. E na primeira lua cheia
do verão pegamos nossos cestos e começamos a colheita.
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