Um novo haiconto de Alice Barreira.
A VISITA
Como faço todas as tardes, tomei meu banho, botei um vestido bem leve, me maquiei, passei perfume, ajeitei os cabelos com gel, fui até a sala, chamei um táxi, desci no elevador, cumprimentei o porteiro, peguei o taxi, dei a volta no quarteirão, saltei, tornei a cumprimentar o porteiro, subi no elevador, parei em frente à porta e toquei a campainha.
Ninguém abriu.
Insisti. Uma, duas, três, quatro vezes. Nada. Não adianta. Não estou. Nunca estou. E fico aqui parada, diante da porta, na dúvida: deixo um bilhete para mim?
A VISITA
Como faço todas as tardes, tomei meu banho, botei um vestido bem leve, me maquiei, passei perfume, ajeitei os cabelos com gel, fui até a sala, chamei um táxi, desci no elevador, cumprimentei o porteiro, peguei o taxi, dei a volta no quarteirão, saltei, tornei a cumprimentar o porteiro, subi no elevador, parei em frente à porta e toquei a campainha.
Ninguém abriu.
Insisti. Uma, duas, três, quatro vezes. Nada. Não adianta. Não estou. Nunca estou. E fico aqui parada, diante da porta, na dúvida: deixo um bilhete para mim?
Adoro os textos da Alice.
ResponderExcluirC.
Valeu, C. Eu também gosto dos textos da minha irmã. O gênio dela é que é problemático.
ResponderExcluirAbraço
Cesar