sábado, 13 de novembro de 2010

DÁ LICENÇA DE CONTAR

MATOU A NOIVA EM FRENTE À FÁBRICA DE TECIDOS

O guarda noturno desempregado João Ninguém invadiu na noite de ontem o pátio da fábrica de tecidos Confiança, no bairro de Vila Isabel, na Zona Norte do Rio, e matou a tiros sua noiva, Rosa Esteves de Souza, conhecida como Rosinha e moradora do morro de Mangueira. Segundo depoimento de outra operária amiga da vítima e que se identificou apenas como Risoleta, o motivo do crime seriam os ciúmes incontroláveis do noivo. Risoleta declarou que, enquanto atirava várias vezes na noiva já caída, João Ninguém berrava: “Finge agora que não me vê, finge!” e “cadê o gerente impertinente que dar ordens pra você?”.

O assassino conseguiu escapar pois o barulho dos tiros foi abafado pelos apitos da chaminé de barro da fábrica, fazendo com que a segurança nada percebesse. Apesar da baixa temperatura registrada nessa que foi a noite mais fria do ano, o corpo de Rosinha permaneceu estirado no pátio, sem meias nem agasalho.

O guarda civil que trabalha como chefe do setor de segurança da fábrica e é vizinho de Rosinha no morro de Mangueira afirmou que não é a primeira vez que homens criam tumulto por conta dela. Segundo ele, no morro de Mangueira, onde Rosinha é cabrocha de alta linha, um homem foi encontrado na ribanceira com um punhal no coração e o crime seria resultado de mais uma disputa amorosa pela cabrocha. A polícia não soube informar se João Ninguém também estaria envolvido neste outro assassinato. Mas o guarda civil, que não quis declarar seu nome, garantiu que sim e ainda afirmou à nossa reportagem: “é assim mesmo, doutor, o homem já nasceu dando a costela à mulher”.

(Da reportagem local)

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